O Retorno da RPM
Revoluções
por Minuto (também conhecida somente por RPM) é um grupo
de rockbrasileiro surgido em 1983, tendo sido um dos
mais populares do país nos anos de 1984 a1987. Foi um dos
grupos mais bem sucedidos da história da música brasileira. Na
segunda metade dos anos 80, conseguiram bater todos os recordes
de vendagens da industria fonográfica brasileira. A suposta visão
crítica e bagagem cultural do letrista Paulo Ricardo foi
um argumento de marketing na vendagem dos discos da banda. A banda
vendeu mais de 5 milhões de discos em sua carreira.
Formação
Tudo começou em 1980, em São
Paulo, quando Paulo Ricardo namorava Eloá, que morava em
frente à casa onde Luiz Schiavon ensaiava com May
East. O casal resolveu um dia visitar os vizinhos, que estavam num
ensaio crucial que decidiam entre cantar em inglês ou português.
Paulo Ricardo deu seu voto, opinando pelas letras em português e
assim conheceu Luiz Schiavon. Neste dia conversaram muito sobre
música. Paulo estava começando sua carreira como crítico musical e
Schiavon era um pianista clássico, que buscava um novo caminho,
mais popular, mas sentiu dificuldade em encontrar alguém. Foi assim
que Paulo recebeu o convite para integrar o "Aura", uma
banda de jazz-rock que ainda tinha Paulinho Valenza na
bateria. Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz
encantou-se pelamúsica eletrônica e pela tecnologia de
novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa –
primeiro na França e depois emLondres, de onde escrevia
sobre novidades musicais para a revista Somtrês e se
correspondia com freqüência com Schiavon. Este choque de
personalidades impulsionou a criação do RPM depois que o
trabalho da dupla foi retomado em fins de 1983, já em São Paulo.
Juntos, criaram as primeiras canções.
As primeiras foram "Olhar 43", "A Cruz e A Espada"
e a música que batizara a banda que ali nascia: "Revoluções
por Minuto". Gravaram uma fita demo destas músicas com uma
bateria eletrônica e encaminharam à gravadora CBS, que
considerou-as ambíguas e difíceis de tocar nas rádios.
Revoluções por Minuto
No mês de maio chega às
lojas Revoluções Por Minuto, no vácuo de um país ainda
perplexo com a morte de Tancredo Neves. O misto de paixão
platônica e pretensa declaração de amor de "Olhar 43"
emplaca nas rádios e abre caminho para que outras faixas, mais
politizadas e/ou conceituais, façam o mesmo. As faixas do disco
tratam também de temas como política internacional e transformações
sócio-econômicas. As músicas são marcadas pela forte presença da
bateria eletrônica e pelo clima soturno dos arranjos de Luiz
Schiavon. O sucesso do álbum é tanto que o RPM emplaca rapidamente
uma seqüência de hits no rádio (oito entre as onze faixas do
álbum) e chega à marca de 100.000 LPs vendidos (disco de ouro).
Revoluções por Minuto chegou a vender 300 mil cópias.
Rádio
Pirata Ao Vivo
Logo depois dos primeiros shows de
divulgação, o RPM fecha contrato com o megaempresário Manoel
Poladian, que procurava uma banda em ascensão no rock brasileiro
para o seu elenco de artistas platinados de MPB. Os costumeiros
palcos das danceterias são trocados por uma megaprodução, com
direito a Ney Matogrosso assinando luz e direção, canhões
de raio laser e multidões espremidas em ginásios e estádios. A
esta altura, Paulo Ricardo já é sex symbol: estampa diversas capas
de revistas e enloquece garotas histéricas.
Sem “futuros hits” na manga e
para manter a banda em alta, Poladian, músicos e gravadora lançam
em julho de 1986, um novo álbum, com parte do registro de dois shows
da histórica turnê. O repertório de Rádio Pirata Ao
Vivo traz quatro gravações inéditas (sendo duas covers) e
cinco faixas de Revoluções Por Minuto. Com a ajuda dos preços
congelados do Plano Cruzado, 500 mil cópias são vendidas
antecipadamente. As vendas de Rádio Pirata Ao Vivo disparam
e chegam a 2,2 milhões. O RPM transforma-se na banda de maior
vendagem da indústria fonográfica nacional até então.
Porém, o vocalista Paulo Ricardo
passou a ser conhecido apenas como "sex symbol" e procurado
e visto por jornalistas e fãs como se fosse modelo e não músico.
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